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De onde vêm o elefante branco e o bode
expiatório?
Um elefante branco é algo grandioso, com aparência magnífica, mas
que cria muitos problemas ou provoca grandes prejuízos devido ao trabalho ou
despesas que dá. Dizem que na Tailândia havia uma prática antiga: toda vez
que o rei queria arruinar um inimigo, dava-lhe um elefante branco. Por tratar-se
de um animal sagrado, o presenteado não podia desfazer-se do elefante branco. É
como diz o professor Antenor Nascentes no seu Tesouro da Fraseologia Brasileira:
“...e a despesa com a manutenção bastava para comprometer as mais sólidas
fortunas”.
Quanto ao bode, primeiro é importante observarmos que expiatório
se escreve com “x”. Um bode expiatório não é, como alguns imaginam, um cara
chato que anda espiando os outros. Não é um “bode espião”. Expiatório vem do
verbo expiar (=penar), e não de espiar (=espionar, olhar, observar). O tal bode
expiatório é aquele que paga pelas culpas alheias, é quem pena pelos outros.
A origem é bíblica. Os hebreus tinham o costume de, anualmente, fazer uma festa
para aplacar a ira divina. Um bode, após receber todas as maldições, era jogado
no deserto. Sua função era expiar (=redimir, purificar) a culpa do povo. Daí o
bode expiatório
Fonte: Sérgio Nogueira, O Globo. Imagens: Internet
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Direção e Editoria
IRENE SERRA
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