Samambaias
Há milhões de anos, samambaias enormes
dominaram florestas imensas, muito antes de surgirem as plantas atuais. Elas não
desenvolvem sementes, mas propagam-se através de esporos ou pela divisão de seus
rizomas. A maior parte dos gêneros utilizados em paisagismo são provenientes dos
trópicos, destacando-se Adiantum, Asplenium, Polypodium, Pteris e
Platyccerium,
com diversos tamanhos e formas.
Foram provavelmente o primeiro grupo vegetal
vascularizado. Suas características permitiram-lhes atingir maiores dimensões do
que qualquer outra planta terrestre existente até então, transformando-as nas
primeiras plantas a abandonar por completo o meio aquático. Entretanto, ainda
necessitam de água para a reprodução.
O nome samambaia é proveniente do
tupi e significa "aquele que se torce em espiral". Seu habitat pode ser tanto um
vaso de xaxim como o tronco de uma árvore, uma pedra ou mesmo o próprio solo ou
a água, como as samambaias aquáticas. O sucesso no cultivo destas plantas
depende da capacidade de reproduzirmos em casa as condições naturais em que
estas vivem nas matas. A maior parte das espécies preferem ambientes sombreados
ou à meia sombra, solo levemente úmido, rico em matéria orgânica e os substratos
devem ser: areia, turfa e um composto orgânico completo de resíduos vegetais de
poda e cascas de frutas, hortaliças acrescentando adubo animal de curral
curtido, areia e terra.
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Para as plantas do tipo chifre-de-veado
(Platycerium), avencas (Adiantum), asplênios (Asplenium) e outras samambaias, a
luz é fator muito importante, pois dela necessitam para fazer a fotossíntese.
Mas a luz direta do sol tende a queimá-las.
Seu cultivo externo poderá
ser feito sob ripados, com sombra de mais de 50%, sob árvores, em varandas com
sol pela manhã.
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Esse chifre de veado eu
peguei do lixo e prendi na árvore. |
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Dentro de casa, junto a janelas sem sol direto em cima,
também podemos colocá-las, de modo a que a luz solar seja coada por cortinas.
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O vento é um dos seus maiores inimigos, causando "queima" das folhas mais jovens e perda de água por evaporação, ficando desfolhadas.
Locais arejados são necessários para evitar fungos, mas devem ser abrigados dos ventos fortes.
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A paulistinha não aguentou tantas idas e
vindas. Era do sítio, linda! |
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Samambaias também não gostam de alterações de lugar, pois elas
acostumam-se com a luminosidade, temperatura e umidade local, podendo definhar e
até morrer caso sejam mudadas. Normalmente são cultivadas em xaxim, que retêm
mais a umidade e permitem que as raízes respirem melhor.
Renda
portuguesa (a muda quem me deu foi minha amiga Belmira). Ela está bem forte,
encorpada, resistindo em qualquer lugar.
Principais
pragas:
As pragas mais comuns são pulgões, cochonilhas, ácaros e lagartas que
devem ser retiradas manualmente ou através de uma pinça, para evitar o uso de
inseticidas. Podem também ocorrer algumas doenças, causadas por fungos ou
bactérias. Nestes casos, as folhas apresentam manchas e as raízes apodrecem,
devendo-se eliminar as partes doentes. Vários tipos de cochonilha atacam e
são mais comuns na samambaia de folhas compridas, também chamada de
samambaia-espada (Nephrolepis). Para combatê-la poderemos usar o sulfato de
nicotina, que é fumo deixado de molho na água, coado e aspergido, óleo de nim ou
receita caseira de chá de alamanda. Insetos em geral não apreciam as
samambaias.
Cuidados em casa:
● Manter a planta em local
sombreado fora do vento (evite trocá-la de lugar). ● As regas devem ser
frequentes, mantendo o substrato levemente úmido, mas não encharcado. Por isto,
a presença da areia no substrato é fundamental, evitando que as raízes fiquem
apodrecidas. No inverno, irrigar 1 vez por semana e, no verão, irrigar 2 a 3
vezes por semana. Em dias quentes poderemos colocar água no borrifador e passar
uma nuvem sobre elas, propiciando o clima úmido de sua preferência. ● Adubar
uma vez por mês.
(Origonalmente na RT, 22 de janeiro, 2011)
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Direção e Editoria
Irene Serra
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