Rosh Hashana
O ano novo judaico

Jeanette B. Erlich
Refletir, examinar a consciência,
avaliar atos, consertar erros para consigo e para com os outros, podendo
assim pedir perdão, ser perdoado e perdoar, assumir responsabilidades,
individualmente e coletivamente, mas também possibilitando ao próximo a
assumir as responsabilidades que lhe cabem.
Renovar a fé em Deus,
a confiança. Prostrar-nos diante de Deus no reconhecimento de Sua
grandeza e nossas limitações. Pedir-Lhe perdão e afirmar a intenção de
nos aperfeiçoar.
Mais uma vez lembrar a maravilha inominável da
Criação. Reconhecer o Criador na Sua magnitude, na confiança infinita
que Nele depositamos, na Sua Unicidade, na certeza de Sua intenção.
Renovar a nossa vontade de consertar o mundo, de instituir a justiça
para tudo e todos, de tratar com respeito o espaço vital que nos foi
concedido.
Para tudo aquilo, enfim, de que diariamente os nossos
pensamentos deveriam estar imbuídos, temos todo um mês (o mês de Elul),
em que somos convocados especialmente, para que nos Dias Temíveis - Rosh
Hashanah (Início do Ano) devidamente preparados espiritualmente e em Yon
Kipur (Dia da Expiação), concentrados em total jejum, possamos, diante
de Deus, nos submeter ao Seu julgamento, na esperança de Sua
benevolência e na total confiança quanto aos Seus desígnios.
Desde os tempos bíblicos, onde é instituída essa ocasião do Ano Novo
espiritual (Lev. 23:23-32) até nos dias de hoje, em rituais antigos e
renovados, sempre desenvolvendo a compreensão de nosso papel no mundo,
reunimo-nos em congregação, nessa ocasião das mais solenes, conclamados
pelo toque do shofar (o chifre de carneiro), que nos chama ao serviço
religioso e à profunda reflexão.
Enviado por Leon M. Mayer
Publicado na Revista Rio Total em 8 de outubro, 2005.
|