16/03/2021
01/09/2023
Ano 26
Número 1.332



 


ARQUIVO
RONALDO WERNECK

 

Ronaldo Werneck




A MORTE NAMORADA

Ronaldo Werneck - CooJornal


Tá morrendo muita gente. Gente que nunca morreu. Gente que não vai morrer nunca. Gente que não devia ter morrido. Eu já estou virando um profissional dos obituários – e penso mesmo em lançar um livro intitulado “A falta que fazem”, sobre os amigos que partiram. Ainda ontem mandei mensagem para meu amigo, o cineasta Luiz Carlos Lacerda, o Bigode, pois acabara de lembrar dele ao reler uma crônica, “A mais nova namorada”, que está em meu livro “Há Controvérsias 2”. Ali falo de morte e cito Lúcio Cardoso, um dos ídolos do Bigode.

Mas o que me levou mesmo a reler minha crônica foi uma recente entrevista de Fernanda Montenegro. Não, a Fernandona não morreu, não vai morrer nunca: está aí, viva & vivaz na plenitude de seus 94 anos. E suas palavras calam fundo: “A cada dia que se ganha é um outro que se perde. É dialético, é uma questão central que nos habita. Se celebramos a pulsão da vida de forma tão veemente, não há como desprezarmos a pulsão da morte. Morrer é uma circunstância sobre a qual precisamos refletir e da qual não temos como fugir”. Parece que a Fernanda havia lido minha crônica.

Vejam em meu blog, link a seguir, a crônica “A mais nova namorada"

https://ronaldowerneck.blogspot.com/2023/08/a-mais-nova-namorada.html?fbclid=IwAR2Jsr2qQjskSrbs09OrY8MwpoBVCVxFQpQLyyfTkKaTwHSiX8mZuHLyNXU



Ronaldo Werneck,
poeta e escritor
MG

https://ronaldowerneck.blogspot.com/



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