Ronaldo Werneck
A MORTE NAMORADA
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Tá morrendo muita gente. Gente que
nunca morreu. Gente que não vai morrer nunca. Gente que não devia ter morrido.
Eu já estou virando um profissional dos obituários – e penso mesmo em lançar
um livro intitulado “A falta que fazem”, sobre os amigos que partiram. Ainda
ontem mandei mensagem para meu amigo, o cineasta Luiz Carlos Lacerda, o
Bigode, pois acabara de lembrar dele ao reler uma crônica, “A mais nova
namorada”, que está em meu livro “Há Controvérsias 2”. Ali falo de morte e
cito Lúcio Cardoso, um dos ídolos do Bigode. Mas o que me levou mesmo a
reler minha crônica foi uma recente entrevista de Fernanda Montenegro. Não, a
Fernandona não morreu, não vai morrer nunca: está aí, viva & vivaz na
plenitude de seus 94 anos. E suas palavras calam fundo: “A cada dia que se
ganha é um outro que se perde. É dialético, é uma questão central que nos
habita. Se celebramos a pulsão da vida de forma tão veemente, não há como
desprezarmos a pulsão da morte. Morrer é uma circunstância sobre a qual
precisamos refletir e da qual não temos como fugir”. Parece que a Fernanda
havia lido minha crônica. Vejam em meu blog, link a seguir, a crônica “A
mais nova namorada"
https://ronaldowerneck.blogspot.com/2023/08/a-mais-nova-namorada.html?fbclid=IwAR2Jsr2qQjskSrbs09OrY8MwpoBVCVxFQpQLyyfTkKaTwHSiX8mZuHLyNXU
Ronaldo Werneck,
poeta e escritor
MG
https://ronaldowerneck.blogspot.com/
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