16/03/2021
01/07/2023
Ano 25
Número 1.324



 


ARQUIVO
RONALDO WERNECK

 

Ronaldo Werneck




INVERNO AQUI VERÃO NO SITE

Ronaldo Werneck - CooJornal

O inverno começou ontem, mas no meu velho site é pleno verão. Está lá um novelhíssimo poema que completa 50 anos, escrito no verão de 1973 no Rio, numa tarde de férias e vagabundagem na praia do Leme. “Verão” foi publicado pela primeira vez em 1976, em meu primeiro livro, “Selva Selvaggia”. Depois em “Noite Americana/Doris Day by Night” (Ibis Libris Editora, Rio, 2006). A seguir, saiu na antologia selecionada por Afonso Henriques Neto, “Roteiro da Poesia Brasileira Anos 70”, da Global Editora, dirigida por Edla Van Steen (São Paulo, 2009). Em 2019, foi um dos poemas que escolhi para meu livro “Momento Vivo” (Editora Tipografia Musical, São Paulo).

A versão que vocês vão ver em meu antigo site foi criada no ano 2000, estampada sobre uma foto que fiz na praia da Barra. Ela é “estrelada” por uma namorada dos anos 1990, a Claudinha – que não era do Leme nem de Ipanema, mas legítima representante da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense. Era um tempo em que eu dizia a plenos pulmões: “Sou Imperatriz, e não abro!”. Também, pudera. “Onde andarás”, Claudinha/ “Onde andarás nesta tarde vazia/ Tão clara e sem fim/ Enquanto o mar bate azul em Ipanema/ Em que bar, em que cinema/ Te esqueces de mim” (Evoé, Caetano & Gullar!).

Em 2021, recebo do professor e crítico mineiro Antônio Sérgio Bueno algumas palavras que me “calaram fundo” sobre meu livro “Momento Vivo”, inclusive focando o poema “Verão”: Ronaldo, agora poetamigo, retomo seu momento vivo por “Verão (p. 23): deliciosa mistura de 2 paixões: Poesia e Mulheres. Aos seus (de você) 30 anos, você parece priorizar a mulher em detrimento da poesia, mas você está “cantando” poeticamente a mulher nos 2 versos conclusivos: “mas de que vale o poema / ante a mulher de ipanema?”(p. 24). Mas esse poema tem outras riquezas: Mallarmé se intrometendo na contemplação da praia (“azul l’ azur blue blau”), a geografia do corpo feminino superpondo-se à do espaço (a costa ocidental/ as costas das mulheres), a erotização da natureza (“o mar se esfrega”), entre outras e outras coisas. (Antônio Sérgio Bueno, BH, 01.11.21).

Vejam no link a seguir como ficou o poema “Verão” no meu velho site: https://www.ronaldowerneck.com.br/antigo/verao.htm

 


Ronaldo Werneck,
poeta e escritor
MG

https://ronaldowerneck.blogspot.com/



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