16/03/2021
16/07/2022
Ano 25
Número 1.280



 


ARQUIVO
RONALDO WERNECK

 

Ronaldo Werneck




OS FESTIVAIS DE CATAGUASES: 50 ANOS DE APOCALIPOPÓTESE

Ronaldo Werneck - CooJornal


Estou trabalhando no roteiro de um filme sobre a vida da cantora cataguasense Maria Alcina junto com minha amiga Bete Martins, diretora de “My Name is Now”, o ótimo e premiado documentário sobre Elza Soares. Ao rever alguns fragmentos já alinhavados do texto lembrei-me dos dois festivais de música que Joaquim Branco e eu realizamos aqui nos anos 1969/70, trampolins para a fama alcançada logo depois por Maria Alcina. Agora que me dou conta e conto: já se foram 50 anos. Foi quando me lembrei de um texto que escrevi quando dos 30 anos daqueles dois festivais, que sacudiram a cidade e a imprensa de boa parte do país. Nunca Cataguases foi tão falada, nem mesmo nos tempos da Revista Verde e de Humberto Mauro.

Em cena, e no mesmo palco, misturavam-se artistas e jurados, poetas e músicos do calibre de Affonso Romano de Santana, Affonso Ávila, Wlademir Dias-Pino, Moacy Cirne, Álvaro de Sá, Lúcio Alves, José Carlos Capinam, Ronaldo Tapajós, Bia Bedran, Trio Yrakitan e muitos outros. Isso além de jornalistas então na crista da onda como Luiz Carlos Maciel (O Pasquim), Nelson Motta (O Globo), Antonio Chrisóstomo (Veja) e Marina Colasanti, editora do poderoso Caderno B do Jornal do Brasil. Sem falar, como esquecer?, na presença luxuosa de Clementina de Jesus, presidente de honra do júri. O vencedor do primeiro festival foi o paraibano Marcus Vinícius, com “Apocalipopótese”; o do segundo, o baiano e tropicalista José Carlos Capinam, parceiro de Gilberto Gil, com “Gás Paralisante”.

Maria Alcina ganhou como melhor intérprete dos dois festivais. Pouco depois, incendiava o Maracanãzinho com Fio Maravilha e partia para a glória. Até hoje somos grandes amigos, embora à distância. Não só de Alcina como de Marcus Vinícius, os dois morando em São Paulo. Foi lá que nos encontramos da última vez, quando eles prestigiaram o lançamento de meu livro Há Controvérsias 2 em 2011, na Avenida Paulista (Livraria Martins Fontes).

É em homenagem aos dois, e também ao Joaquim Branco e a amigos saudosos como Laís e Affonso Ávila, Maciel, Wlademir, Moacy e Álvaro de Sá que volto a publicar, 20 anos depois, o texto sobre os dois festivais.

Vejam no link a seguir:
https://ronaldowerneck.blogspot.com/2020/07/o-apocalipse-como-hipotese.html?spref=fb&fbclid=IwAR1NdeLgFCDgnxz3e2k_Zgop7_ZN3VPM4NUIGqba0uoyx7HyhnXbeidl_-I



Ronaldo Werneck,
poeta e escritor
MG

https://ronaldowerneck.blogspot.com/



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