16/03/2021
16/06/2022
Ano 25
Número 1.276



 


ARQUIVO
RONALDO WERNECK

 

Ronaldo Werneck




Give me the gun, Pumpy!

Ronaldo Werneck - CooJornal


Give me the gun, Pumpy! Vociferava o grandalhão-marfim John Wayne – o protótipo do “herói” americano – para o ébano-gigante Woody Strode, o Pump, na sequência-chave do filme de John Ford “O homem que matou o facínora” (1962). Tempos em que a América-mundo girava em ritmo de faroeste – onde caubóis nem sempre do bem matavam índios nem sempre do mal. E por “índios” entenda-se qualquer bandido, mesmo bandidos não sendo. Tempos que perduram ainda hoje.

Nos EUA, mais que em qualquer outro lugar, o mundo realmente gira sobre si mesmo, como balas no tambor de uma revólver. Em 16 de abril de 2007, Cho Seung-Hui,um atirador enlouquecido, matou 30 estudantes na Universidade Virginia Tech, em Blacksburg. Bush, esse ser presidencialmente inacreditável, declarou que os estudantes “estavam no lugar errado na hora errada”. Parece autorreferência.

April is the cruelest month, escrevia o poeta T.S. Eliot. Já Ezra Pound, outro grande vate, dizia que os poetas são as antenas da raça. Fica então a pergunta: a reincidência desses massacres americanos em abril, este “mês mais que cruel”, contribui para confirmar o poder de vaticínio, de antecipação da poesia?

Matança tá na moda. O mundo, “esse deserto aborrecido”, continua a confirmar o título de minha crônica anterior. Vejam no link a seguir a segunda das três crônicas sobre a barbárie que hoje impera nesse deserto aborrecido.

https://ronaldowerneck.blogspot.com/.../gotas-de-sangue...



Ronaldo Werneck,
poeta e escritor
MG

https://ronaldowerneck.blogspot.com/



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