16/04/2025
Ano 28 - Nº 1.413

 

Arquivo
Pedro Franco







LEITURAS

Muitos livros são comprados e, por incrível que pareça, lê-se pouco, mesmo em e-books. E ler é saudável, útil, favorece conhecimentos e diversão. Se souber bem escolher... Aí é que está a dificuldade e, mesmo em gênero escolhido, há trigo e joio e algo que para mim é joio, para alguém é leitura de valor. E já me perguntaram se li Ulisses de James Joyce. Li outra obra do autor e arrepiei carreira. E confesso e não sendo obrigado a ler por profissão, escolho e vou ao que me parece interessante. Sem esgotar assunto, vou a contos que me encantaram. O presente dos reis – O. Henry (vale saber da vida deste escritor, que escrevia pérolas da prisão), O rouxinol e a rosa – Oscar Wilde (obra soberba, vida triste), O estranho caso de Benjamin Button – Scott Fitzgerald (conto estropiado no cinema, salvando-se pelos defeitos especiais), Missa do Galo – Machado de Assis (ótimo e erótico). Escrevo contos e sem comparação possível com os já citados, aduzo o meu “Dr. Negrão e o sabiá”. Entre centenas de livros, iniciei-os na voz de minha mãe, pelos infantis de Monteiro Lobato, quando fui apresentado a Pedrinho, Narizinho, Emília e todos do Sítio do Pica-pau Amarelo, destaques para Dona Benta. Tia Anastácia e até o Marquês de Rabicó. Mais tarde vieram os livros de Conan Doyle, Georges Simenon e Leonardo Padura – todos no gênero policial. Vale ler a biografia de Simenon, escrita por Marquand. “O homem que não era Maigret”. E não era mesmo. Livro Tukani – Helmut Sick. Este ornitologista é um de meus ídolos na vida. Dentre os brasileiros destaco Jorge Amado e com ênfase para Navegação de Cabotagem. Cito o hilário (no âmago triste) Suas Excelências, ou como entrar para a Academia, de Guilherme Figueiredo, que foi meu Reitor na UNIRIO e, tirando seus rompantes de gênio, era pessoa de trato alegre. Vários livros de Scott Fitzgerald, inclusive O Grande Gatsby. Se tentei o romance? Tentei e não devia ter tentado. Escrevi Meu amigo Artur da Távola, 2024, pela Scortecci, e pensei que fosse um romance. O colofão diz que é biografia. Romance mesmo foi... Não merece deslustrar estes livros e obras citados. Então não sendo literato e sim escritor e pouco conhecido, julgo que ir às minhas leituras possa ser agradável. Esta é a intensão da crônica. 
 

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Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica da Escola de Medicina e Cirurgia da UNI-RIO.
Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
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