Dois assuntos em voga |
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Sobre um, se hoje já fico fora das quatro linhas, tive vivência e por mais de quarenta anos. Foi ótimo tempo, ser professor na Escola de Medicina e Cirurgia da Uni Rio e com centenas de alunos no Hospital Gaffrée e Guinle, onde entrei aluno, fui diretor e até professor de filho e de neta. Encontrando colegas, que ainda estão na ativa, dizem rindo, queria agora ver dar curso de eletrocardiografia e com alunos e seus celulares tocando. Li que esquerda e direita estão unidas para proibir celulares em escolas. Ave Cesar, até os mortos lhes saúdam. Aparecerão vozes contrárias, sempre aparecem e até porque querem aparecer. Com celulares estando ligados, que professor conseguirá ensinar? Que sejam proibidos, em prol do ensino, celulares nas escolas. E o segundo assunto é vespeiro e o Conselheiro Acácio me aconselharia a escrever sobre os flamboyants em flor, ou sobre o Fluminense, se cai, ou persiste, apesar de compras inexplicáveis de jogadores velhos. E, antes de entrar no segundo assunto, vou fazer profissão de fé. Não sou e nunca fui racista. Velho, ainda não dando capim a bicicleta, continuo não sendo. Dou ponto final e vou ao salceiro. Viny Jr. Não foi eleito o melhor jogador do mundo por ser negro. Nem preciso voltar ao Pelé, aceito como o melhor jogador do mundo. Quem julga os dois melhores jogadores brasileiros no momento, aliás momento fraco em craques no Brasil, vide nossa classificação
à Copa do Mundo. Resposta à pergunta. Luiz Henrique e Gerson (ambos crias tricolores). No meu Flu brilha Josh Arias. Todos negros e enchendo estádios. Nem é preciso fazer listas de negros comendo a bola em gramados europeus e sem vaias. De acordo com torcida espanhola gritar macaco, macaco? Nunca. Só deixo pergunta. Por que outros negros brasileiros brilharam na Espanha e ainda brilham e não são ofendidos? Repito, condeno a agressão, só que deixo pergunta, será que o ex-jogador do Flamengo não contribuiu para provocar ofensas? Outro fato e aí vou ao violento esporte bretão. O jogador de futebol Viny Jr. não tem se saído bem na seleção brasileira neste 2024. Pele, Didi, Reberto Carlos, Jairzinho, Ronaldos, foram sempre mal nas seleções brasileiras? Nunca. Deixemos o tempo correr e se Viny Jr., com seu futebol e sem revides ostensivos, comer a bola, tenho absoluta certeza que apupos se calarão e aplausos aparecerão e permanentes. Viny,
ajude, para que isto aconteça. Você merece. O resto vem de quem também quer
tirar fatia de apupos, sempre condenáveis, para também aparecer.
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pdaf35@gmail.com
Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica da Escola de Medicina e Cirurgia
da UNI-RIO. Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor
Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
Conheça um pouco mais de Pedro Franco.
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