Perspectivas e meandros sobre caso familiar |
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Caso antigo e vamos por perspectivas. Tipo julgamentos. Dane-se o julgamento
não pode. Personagens. Sogra, nora e sobrinhas da sogra. Nora morando com
sogra, mãe de filho único. Pronto, vem tragédia. Ledo engano. Sem forçar
nadinha. Viveram mais de dez anos juntas e se houve atrito, não sei e ninguém
sabe que não houve. Exemplo. Sogra internada 40 dias, nora saiu verde, pois
só foi à casa, onde moravam, por três horas, que havia filhos, que eram netos.
Na volta e o filho ficara com a mãe, esta disse. Minha filha. É bom médico,
mas para acompanhar doentes não serve. E a sogra fica mal e vem a falecer.
Entram duas sobrinhas na história. Que querem ficar com a tia de noite. Uma
das sobrinhas tinha parente, que a doente julgava fofoqueira. Sogra diz à
nora. Não quero elas aqui. Explique-se. Repito. Uma das sobrinhas tinha
parente fofoqueira. A nora entuba, agradece e para evitar celeumas familiares
e continua cuidando da sogra, que seguem morando juntas e não diz às sobrinhas
o motivo da sogra não querer sobrinhas de noite. E fica a nora com a sogra até
a morte, que cai no dia do aniversário da nora, 10 de março, que é hoje. O fato
ocorreu há mais de vinte anos. Missa de sétimo dia da sogra. E uma das
sobrinhas fala alto. Esta nojenta não deixou nós ficarmos com a titia. Falou
alto. Amiga da nora quis revidar. E a nora a segurou. E a missa correu. E as
primas se afastaram. Perspectivas. A nora devia ter dito às sobrinhas que a
tia preferia ficar com ela. Se em missa de sétimo dia a sobrinha destrambelha,
imagine-se no momento da recusa e com a tia ouvindo? A nora errou. Nunca. E o
filho, que era o primo, resolveu se afastar das primas. Devia ter esclarecido.
Era aclarar celeuma atoa. Para surdos educacionais não há audição. E que
ocorre depois? A família em parte se afastou. E havia outras sobrinhas.
Entenderam tudo, agradeceram à nora e solidificaram amizades. Vilão. É
notório que se deve na ótica moderna desculpar-se vilão. Sobrinha vilã, que
mal educada é. Vida difícil? Sim. Então desculpada pela nojenta. Melhorou?
Não, continua mal educada. Ao enfoque do digitador, que fique para lá. É a
perspectiva dele. Raiva, não chega a isto e mantém sua perspectiva. Prima mal
educada e está fora. Só que a ocorrência permite elucubrações, não acha?
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pdaf35@gmail.com
Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica da Escola de Medicina e Cirurgia
da UNI-RIO. Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor
Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
Conheça um pouco mais de Pedro Franco.
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