16/02/2024
Ano 27
Número 1.355




 

ARQUIVO

PEDRO FRANCO


 


 

 


Revista Rio Total em crônica
(ou Irene V. M. Serra)


Um “soi dizant” cronista escrever sobre o veículo onde escreve? Acredito que posso e inicio por perguntar que jornal, ou revista, tem a qualidade/quantidade literária da Rio Total em crônica? Minha resposta, por óbvia, não será apresentada e por ética nem os cotejo com os de outros órgãos de imprensa. E vou me reportar ao número, que veio ao ar e aos olhos em 01/02/2024. E para não me alongar, deixo carapuças nos ar, de amplos elogios e só deixando de fora um cronista, visto que octogenário e mofado, insiste que elogio em boca própria é vitupério. Então os demais cronistas da RT estão elogiados e sem qualquer restrição. Permitam-me destacar três cronistas e já me desculpo com os demais. Irene Serra, Milton Ximenes e Artur da Távola. Falar sobre obras de amigos, é caminhar em terreno tipo gelo fino. Andarei e intimorato. De início a Editora, que raramente entra em campo. E como o campo é florido sempre e no caso Irene verbera e com total razão, pois ocorreu troca na sua paisagem. Sai abacateiro (lembram-se da música do Gil?), lindo, encantador e entra perna-de-pau, churrasqueira. Dona Irene Serra reclama e que todas as churrasqueiras, que tiraram abacateiros, sejam removidas. Disse, manda e apareça sempre na Rio Total, Irene. Você é nossa Tostão. Olha, falar desta crônica do meu antigo e dileto amigo Milton Ximenes, é o acompanhar nas lágrimas. Amigo, é sua melhor crônica, só que era melhor não ter acontecido e a crônica, belíssima, não lhe tivesse doído e quanto. Saudades! Já o terceiro cronista é figura notória e lamentavelmente de há muito falecida. E entro eu de colher torta. Nestes albores de 2024 as Edições Scortecci lançam o livro “Meu Amigo Artur da Távola” de Pedro Franco. Bom livro? Vide a tal que fala em vitupério. O homenageado e o autor tiveram amizade de 27 anos e nunca se viram. De Távola para Franco 25 telegramas e o mesmo número de cartões, ou cartas, em maioria manuscritos. O livro mostra algumas dessas cartas, para dar veracidade ao texto. Então sem pruridos posso afirmá-lo “sui generis”. No mais, saudades, e que Irene cronista vença a editora e sempre nos acompanhe. Meus amigos Ximenes e Távola estou com vocês e não abro. Saudades eternas.  


Comentários sobre os textos podem ser enviados ao autor, no email pdaf35@gmail.com 



Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica da Escola de Medicina e Cirurgia da UNI-RIO.
Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral

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