01/02/2024
Ano 27
Número 1.353




 

ARQUIVO

PEDRO FRANCO


 


 

 


Descontos indevidos

Sou assinante de “O Globo” e vez por outra envio carta para a seção Mensagens. Algumas são publicadas, outras não. A abaixo foi ao não. Reclamo? Nunca. O jornal tem critérios e a carta abaixo não passou nos mesmos. Recorro à Rio Total, até porque o assunto interessa a milhares de aposentados por fundos de pensões e não há cunho político partidário no texto. Já apregoei que no momento não me apetecem nem gregos nem troianos e o texto abaixo acredito que dê esta ideia. O título era Descontos Indevidos.

Que governos cometem equívocos, há que se aceitar, só que, voltando ao poder e por resultado de eleição indiscutível, não pode repetir erros anteriores. Acredito que estando em estado democrático e o repúdio ao 08/01/2023 mostra a atual situação do País, posso me referir ao que ocorreu com os fundos (Petrus, Funcef, Postalis e assemelhados) no passado. Acredito que, colocando números de determinado aposentado, o equívoco fique patente. A explanação tem apenas um intuito. Evitar ocorrência semelhante no governo atual e que atingiu classe de trabalhadores sem maiores defesas. Ganho do aposentado pelo fundo (não entram aqui os proventos INSS) R$ 5.079,96; descontos referentes: 2014 - 126,49; 2015 – 361,19 e 2016 – 485,64; total das chamadas contribuições extraordinárias = R$ 973,32. Indagado por quanto tempo perduram as contribuições, o Fundo respondeu: 2014 – 117 meses, 2015 – 136 meses e 2016 – 152 meses. Vale referir que as contribuições são determinadas percentualmente pela aposentadoria recebida e no caso de aposentados com quantias maiores, as contribuições são percentualmente mais elevadas. Então no caso presente um aposentado perde quase um quinto de sua aposentadoria e sem qualquer culpa, ação, ou ganho. Que contribuições extraordinárias não voltem a ocorrer para aposentados, classe que merece respeito pelo trabalho realizado pela vida inteira. O fito dessa mensagem, em publicação que sempre acautela os direitos dos cidadãos, é defender os aposentados dos fundos previdenciários. 


Comentários sobre os textos podem ser enviados ao autor, no email pdaf35@gmail.com 



Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica da Escola de Medicina e Cirurgia da UNI-RIO.
Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral

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