MPB e tópicos |
|
Será saudosismo julgar que a MPB já foi melhor? E pode até parecer que me
julgo o rei da cocada preta em música. Seja qual for este reinado, não estou
nele, que não sou rei de nada. Vamos a três músicas. “Foi assim”, autoria de
pai e filho, veio com Fafá de Belém e “Paranapuã”. “E foi então que lhe
perdi”. Muito triste perder. Dor de cotovelo e das “brabas”. “Miragem de
carnaval”. De Caetano, no disco Tieta do Agreste, cantada pelo autor e também
por Zezé Mota. No caso prefiro por ela, que canta com mais denodo. “O
caderninho” (Olmir Stocker. vulgo Alemão). Cantou-a Erasmo Carlos. Letra nos
conformes. Cairia bem na voz da Calcanhoto, que reviveu “Devolva-me”.
Paradinha genial. Qual o melhor autor da MPB? E só vale dizer um. Sendo assim,
Chico, que já foi Julinho da Adelaide. E vai deixar Tom, Vinicius, Orestes,
Faraj de fora? Ele e centenas de ótimos autores, não citados. E até Zé Ramalho
da Paraíba. E vou de “ Frevo mulher” e cantada pela Amelinha. E Roberto e
Erasmo, grande dupla e já fui de “ Caderninho” com Erasmo. Noutro dia tive a
alegria de ver Gal Costa e Jorge Benjor cantando e descontraídos na “Ela já
não gosta mais de mim”. A baiana estava tão bem, que tinha dupla predileta.
Elizeth e Elis Regina. Tanto gostei, que virou triunvirato. Elizeth, Elis e
Gal e sem ordem de preferência. E se fui a cantoras, que tal três cantores.
Dos muito antigamente. Orlando Silva dos primórdios. João Gilberto e vão
implicar, sei, por citar Cauby Peixoto, em algumas músicas. Vale procurar
cantando um tango de Lupicínio Rodrigues. “Desta vez eu vou brigar com ela”.
Como voz ótima Cauby, cantor que sabia cantar, sendo aviltada! Acredito que
não impliquem com este. Dick Farney. Pôs nome inglês? Que é que tem e vale
contar que na certidão de nascimento constava Farnézio Dutra... Se Orestes e
seu espetacular "Chão de estrelas", sempre aparece e com méritos. Com Jorge
Faraj faz dueto e com a “A deusa da minha rua” e “Professora”, dessa destaco,
“louco de amor no teu rastro, vagalume atrás de um astro”... Valeu Faraj,
amorzão! Fecho com Dueto encantador. “Dueto” Nara Leão e Chico. E citando a
Bossa Nova, que tal o
trabalhador Menescal? Não vai citar "Tereza da Praia", ou "Garota de Ipanema".
Estão citadas. E fecho de Billy Blanco com “A Banca do Distinto”. Acredito que
esta música deveria ser hino e cantado nos pátios das escolas, para combater
os soberbos, que andam, pululam, por aí. É a letra que conta que “não fala com
pobre, não dá mão a preto” etc Eta trem bom e não falei do Nascimento/Brant e
dos outros mineiros e seu Clube de Esquina. Deixei Noel de fora, Pixinguinha e
até “Carinhoso” e “Chovendo na roseira”. Quantas ingratidões! E a primeira
música que cantei. foi “Lábios que beijei”, há 82 anos... e completava, mãos
que eu afazei (copy desk é zê mesmo).
Comentários sobre os textos podem ser enviados ao autor, no email
pdaf35@gmail.com
Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica da Escola de Medicina e Cirurgia
da UNI-RIO. Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor
Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
Conheça um pouco mais de Pedro Franco.
Direitos reservados. É proibida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação
eletrônico ou impresso sem autorização do autor.
|