* Amor. - Tou me virando para Maria não pegar o vírus!
- Você é bem mais velho que ela.
- Hi é mesmo, até me esqueci!
* Entre tosses o casal espera. - Só temos um respirador vago. Decidam entre vocês quem vai. - Põe ela, só assim vai parar de falar.
* E a Páscoa se fez. Era amor e estavam em quarentena, afastados, ainda que na mesma cidade. Não esqueceram presentes, além das poesias românticas. Ela lhe enviou 1 litro de alcoolgel e recebeu 50 máscaras descartáveis.
* Sua sogra se negou a fazer quarentena. Que maldade, você a apoiou! Apoiei sim, porque duvido que o vírus a queira.
* Aproveitou o tempo da quarentena e escreveu muito. E seguindo costume antigo primeiro o texto era manuscrito e a lápis e depois digitava. Publicado o livro, o crítico comentou. Coitado, tanto trabalho e o lápis estava contaminado.
* Os cronistas estavam se repetindo muito. Só que sua pena valia ouro. O Editor-Chefe resolveu abrir a burra e fazer um edição extra e concordou em pagar-lhe o que desejava. No “face-time” combinaram o tamanho da crônica, até o número de caracteres, barganharam o preço e quando o Editor já julgava a guerra ganha, veio inesperada pergunta. Você só não me disse se a crônica é a favor do Presidente, ou do Ministro.
* Pena que Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) tenha morrido. Como teria matéria para um FEBEAPA in COVID19. Seria o Festival de Besteiras que Assolam o País na Pandemia. E quem estaria entre as certinhas do Lalau?
* E com tempo livre ouvi o CD “Fernando Brant Vendedor de Sonhos". Ouvi boa música e até “Outubro” entre as dez que prefiro. Talvez, sem querer, Milton Nascimento eclipsou o parceiro, letrista, Fernando Brant. Eta trem bom!
* Vem se lutando contra o ócio, a solidão, nesta quarentena sem fim. Imprensa martela notícias e tem que martelar. Faltas, mortes, cuidados e carências. E de repente bate esmorecimento. Oremos. 

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