MÚSICAS COM ALGO
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E o algo varia e vou contando. Pauapixuna – Paulo André/Rui Barata, cantada
pela iniciante Fafá de Belém. Cantava muito bem e dava ar novo à MPB. No CD de
1977. Pai e filho compondo. No mesmo CD, da mesma dupla, música dor de
cotovelo, ótima. “Foi assim”. Meiga presença. Tenho crônica sobre a mesma,
vide Revista Eletrônica Rio Total. Elizeth canta divinamente. Autores, Otavio
de Moraes, filho de Eneida de Moraes, jogador do Botafogo e que vivia com
Elizeth Cardoso. O outro autor era o médico e filho da cantora, Paulo Valdez.
Sua última interpretação com Rafael Rabello no violão foi de arrepiar. Todos
choraram. Era despedida, ainda que involuntária. Mundo Deserto. Erasmo e
Roberto Carlos. Elis dá show. Esta música é muito mais Erasmo Carlos. Hello
goodbye, Lennon e McCartney dos Beatles, só que é mesmo do Macca. Fizeram
disco de homenagem aos Beatles e vários cantores internacionais entraram. Sem
patriotadas tolas, a melhor interpretação se deve a Milton Nascimento em Hello
Goodgye. E em show no Brasil o autor se emocionou, quando o povo cantou sua
música. Domingas. Um Jorge Ben diferente e ótimo. Benjor romântico. Vide
também a letra do “Alquimista”, que não querem conhecimento com pessoas de
temperamento sórdido. Será que alquimistas gostam de política? Catavento e
girassol. Aldir Blanc e Guinga. Leila Pinheiro canta. Música pouco conhecida e
menos tocada. Talvez a censura do politicamente correto tenha reclamado de
dois termos da música. Já na música O coco do coco, aceito reclamação, só que
duvido que até o censor não tenha sorrido. A deusa da minha rua. Música e
letra brilhantes de autor soberbo. J. Faraj. O autor tem também aquela que diz
“louco de amor no teu rastro, vagalume atrás de um astro”. E o autor tem muito
mais. Quantos cantores a cantaram e bem. Aeromoça. Dick Farney (tinha que
ter nome artístico, que na certidão era Farnézio Dutra), dos melhores cantores
do País e em todos os tempos. Dick se apaixonou por aeromoça e pediu ao ótimo
compositor Billy Blanco que fizesse música em homenagem à bela. E ele cantava,
exaltava-a e terminava “com esta flor a bordo eu concordo então é bobagem medo
de avião.” Frevo mulher. Conheci Zé Ramalho por Avohai, gostei e depois me
fixei em Admirável gado novo e por fim cheguei a Frevo mulher. Cantada por
Amelinha, ou pelo autor, dá prazer ouvir. É viagem, só que de luxo. Vou
brigar com ela. Autoria Lupicínio Rodrigues. Em CD sobre sua obra, encontrei
este tango e muito bem cantado por Cauby Peixoto. Acima falei em Dick, agora
Cauby, com João Gilberto, Orlando Silva dos primórdios, Roberto Carlos e
Milton Nascimento formam o meu time de respeito da MPB. E damas? Falei de
Elizeth, cito Elis Regina e Gal Costa. Só três? A lista das boas cantoras e
dos bons cantores é enorme e fui em preferências, sujeitas a críticas.
Duetos. Chico e Nara Leão. Como falar em música e não colocar uma do poeta com
o Prêmio Camões e muito bem dado. A letra e a beleza e alegria do canto, dela
e dele, sempre me encantaram. Em caminhadas Chico canta com neta. Falo do
poeta e não de suas ideias políticas. E não falei em “Estate” com João
Gilberto! Como a MPB, ou seus intérpretes, tem exemplos admiráveis!
Comentários sobre os textos podem ser enviados ao autor, no email
pdaf35@gmail.com
Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica C da Escola de Medicina e Cirurgia
da UNI-RIO. Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor
Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
Conheça um pouco mais de Pedro Franco.
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