Natal
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Frases sobre o Natal:
*O
Natal não é uma data, é um estado da mente. (Mary Ellen Chase)
*Feliz, feliz Natal, que nos
traz de volta as ilusões da infância, recorda ao idoso os prazeres da
juventude e transporta o viajante de volta à própria lareira e à
tranquilidade do seu lar. (Charles Dickens)
*Natal.
Esta é a estação para acender o fogo da hospitalidade no corredor, o
cordial fogo da caridade no coração. (Washington Irving)
Recomendo a leitura de dois contos nesta época: “Missa do Galo”
(Machado de Assis) e “O presente dos Magos” (O. Henry). Espero que
gostem.
Crônica de 2018
Sabem os amigos que escrevo a crônica de um ano embebido em
rabanadas e panetones do ano anterior, logo a de 2018 foi escrita em
fins de 2017. Sei, embeber é em líquidos, só que tomei liberdade
poética, que o momento natalino permite as imprescindíveis liberdades.
E os derradeiros dias de 2017 podem desanimar a crônica, fato que não
quero e, assim, vou deixar 2018 sem prognósticos e só com desejos de
melhoras. Melhoras como? Não sei. Quem sabe? E vamos ao
Natal. Já reclamei que as
cibernéticas crianças não levam computadores, games, “i” várias
coisas, a mostrar à rua, aos amiguinhos. Ou só existem colegas com
comunicação via dedinhos? Avisam-se por intermédio de mensagens, ou
nos “whatchatos”, que sei eu de cibernética, dos seus presentes
natalinos. Ruas são perigosas, absurda verdade! Mesmo assim o
Natal é época de fazer crianças
alegres em especial, pois, todos angariam alegrias neste período.
Crianças, ainda que muitos tentem deslustrar a infância, são ainda
crianças e com todas as emoções latentes e incrivelmente belas. Viva a
criançada! Maduros olham Natais de
forma diferente e a maioria tenta desacreditar Papai Noel, respaldados
até em nuances psicológicas. Pena tenho de quem nunca acreditou no
“bom velhinho” (bom velhinho é dose!) e de quem dele não guardou
recordação amena. Viva Papai Noel! Maduros e nada a ver com político
de outro país. Volto aos maduros normais, que recriaram em maioria
seus fins de ano, de olho gordo nas possíveis vantagens de 2019.
Poucos guardaram a ingenuidade, que já tiveram e a praticidade dos
tempos atuais contribui para que este ardor infantil não tenha vaza e
nem no Natal. Todo o momento deve
ser midiático e a douta senhora, a Mídia, só pensa no fim de ano em
conseguir mais vendas, analisando picos e “shares” e de fato
propagandeia bem, há que aceitar. Viva a madureza, que segundo Wilde
“agradece à juventude o brilho da sua inexperiência”! Às crianças dei
viva, com menos entusiasmo dou aos maduros. Sobraram os velhos.
Infelizmente sempre, ou quase sempre, sobram. E é pena porque os
velhos e as velhas tiveram, com o passar de suas vidas, um retorno
parcial à ingenuidade das crianças, ao menos nesta gloriosa fase do
ano. Voltam-lhes Natais passados,
emoções adormecidas, vultos até que cá não estão, brinquedos e mimos
recebidos, ceias passadas... Todos sentem isto? Todos, na vida real,
não existe, só que pelos testemunhos de outros e pelas minhas
vivências voltam muitos Natais,
retornam muitos familiares e amigos, trazendo saco enorme, muitas
vezes maior do que o que são carregados por renas televisivas, com
saudades “da aurora da minha vida, da minha infância querida”
(Casimiro de Abreu). Muitos idosos não falam e apenas olhos molhados
comemoram o retorno aos seus bons tempos de criança. Olham,
emocionados, árvores de Natal e a
sarabanda que lhes vai em volta. Então viva a velhice, comemorada com
ajuda de crianças e adultos não velhos. Que todos unidos e irmanados
saúdem Papai Noel, o Natal, a linda
história representada pelo presépio, que para a maioria é a base
perene do Feliz Natal. Também desejo
Feliz Ano Novo, com harmonia, respeito às diferenças, paz, saúde, uns
reais a mais serão benvindos e especialmente esperanças, um mundão de
esperanças. E votos de amor feliz, sempre!
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Comentários sobre os textos podem ser enviados ao autor, no email
pdaf35@gmail.com
Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica C da Escola de Medicina e Cirurgia
da UNI-RIO. Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor
Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
Conheça um pouco mais de Pedro Franco
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