PERGUNTAS DE 2018
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Já pensou na sua posteridade? O que de você vai ficar com os seus?
Como as reminiscências dos seus, ou a História para os de realce,
julgarão seus atos? A História, para a grande maioria dos vultos, fez
Justiça, ou acabou por fazer. Que pensará deste julgamento futuro o
modesto carteiro, o professor primário, o médico, o político, o
desembargador, ou o Juiz do STF? Será que pensam, que quando vier este
julgamento, já morreu e que se dane o resto? Será que não pensam em
alguém, mãe, ou pai, para exemplos, ou filho (a), netos, amor de sua
vida, colegas conceituados, de que forma valorizarão não
monetariamente sua obra, sua vida? Deu-lhes no cotidiano notícias de
sua moralidade, ou de sua ética? Deixou-lhes exemplos de bondade e de
honestidade de propósitos? Boas lembranças?
Por que se
encontram tantos homens de dinheiro, ou relevância social, com
mulheres muito mais jovens e em maioria bonitas?
Por que um
País com tanta riqueza não devidamente explorada, com tantas e
diversificadas possibilidades, tem tantos pobres e incultos, fáceis de
serem engambelados?
Que aconteceu com a música popular
brasileira depois da bossa nova? Por que temos a pobreza musical como
regra atual? Acha que não?
Por que os professores de todas as
categorias e principalmente os mais importantes, os dos cursos
primários, sofrem tanto com alunos em salas de aula e fora delas com
os pais? Onde ficou aquele maravilhoso respeito de pais e alunos pelo
professor?
Alguém se lembra onde está o espírito carioca? Onde
se escondem os bons malandros, tão decantados na boa e pura música
popular brasileira? Por que os ótimos autores, que persistem vivos,
não produzem belezas, que já produziram e em grande escala?
Brasileiros, para onde vamos?
Não sou candidato, pior, até
agora, fins de julho de 2018, nem tenho candidatos e sempre fui contra
o voto nulo. Já defendi a teoria do menos ruim e depois chorei as
lágrimas de esguicho do Nelson Rodrigues. Enfim, enfim está em moda,
quando teremos outro Nelson Rodrigues?
Será que estas
perguntas merecem respostas?
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Comentários sobre os textos podem ser enviados ao autor, no email
pdaf35@gmail.com
Pedro Franco é médico cardiologista, Professor Consultor da Clínica Médica C da Escola de Medicina e Cirurgia
da UNI-RIO. Remido da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Professor
Emérito da UNI-RIO. Emérito da ABRAMES e da SOBRAMES-RJ.
contista, cronista, autor teatral
Conheça um pouco mais de Pedro Franco
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