25/07/2014
Ano 18 - Número 9018
ARQUIVO
PEDRO FRANCO
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Ainda que partindo da premissa assustadora que o Brasil não tinha condições
financeiras para sediar a Copa do Mundo de Futebol, 2014, agora transcorrendo
e melhor do que se esperava no sentido de festa, pois de futebol penso que
nosso Waterloo será com a Colômbia, terá a tarefa de organizar uma Olimpíadas,
amanhã, isto é, em 2016 e a transcorrer em uma única cidade, na nobre e mui
querida e sofrida São Sebastião do Rio de Janeiro, de forma inexorável. O
pessoal da vela e algumas equipes vêm antecipadamente treinar em nossas águas
e estão apavorados com o nível de poluição da Baia da Guanabara, onde têm que
velejar e competir. E se for listar problemas da cidade, para bancar o evento
daqui a dois anos, teria que pedir um número especial à eficiente Editora da
nossa revista virtual. Vou fugir de abordar os assuntos saúde, educação e
violência da nossa cidade, que terá os olhos do mundo em cima. E pensando
nestes olhos, vem a lembrança da abertura da Copa do Mundo-2014. Sei, foi
evento FIFA e dela veio a escolha do tipo de apresentação. Aos olhos de fã
confesso, salvou-se apenas a atriz Jennifer Lopez, ainda que a bela nada tenha
com o Brasil, ou futebol. Que musiquinha escolheram! Lembro-me nostálgico de
uma abertura na Rússia, onde um ursinho chorou, ou do show que a de Londres
deu, onde tecnologia e bom gosto deram as mãos e nem a imagem da rainha em
aparição tipo 007 deslustrou o brilho do espetáculo, que teve até Paul
McCartney em grande forma! Que vai apresentar o Rio, aquela cidade que tem
como seu hino o “Cidade Maravilhosa”. Sei, já se cantou, Rio de Janeiro/cidade
que nos seduz/de dia falta água/de noite falta luz? Piadinha carioca de tempos
malandros. Vamos mostrar Escolas de Samba? Futebol? Calma com o santo, que o
andor é de barro! Acredito, que por sua tradição, a alegria deve prevalecer no
espetáculo, só que falar em alegria em um evento tipo apresentação olímpica é
obrigação. Chegar a ela e com bom gosto é tarefa difícil, ainda mais que os
orçamentos da cidade devem estar minguados, visto que o vulto do
empreendimento Olimpíadas como um todo é gigantesco, ainda mais que muito do
já construído, vai ter que ser reconstruído por, digamos, brasilidades.
Alegria e humor, humor e cores, cores e música, música e a poesia carioca, a
verve carioca. Quem, ou que, bem pode representar o Rio? Não uma
personalidade, e sim vários artistas, presididos por alguém acima de qualquer
suspeita e com compromisso de bom gosto, deve bem cuidar e com amor do
espetáculo. Que tal Fernanda Montenegro na presidência do Comitê? Estou
querendo muito? É só uma ideia de quem viu com olhos chochos a inauguração da
Copa do Mundo 2014. Pensem, o mundo estará olhando o Rio de Janeiro e o
Brasil. Já que a Olimpíadas vem, há que aproveitar para exibir o que de melhor
tivermos, assim aconselham a mídia e o futuro turismo. E só temos dois anos
para tudo. Aviem-se dirigentes!
(25 de julho/2014)
CooJornal nº 901
Pedro Franco é médico cardiologista,
contista, cronista, autor teatral
pdaf35@gmail.com
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