A criatividade é imprescindível na propaganda, frase que copiei do Conselheiro Acácio. E vou logo dizendo que não admiro marqueteiros eleitorais. E muito candidato pior já venceu eleição à custa de “jingles” e comportamentos recomendados. O candidato é ladrão, corrupto, o outro é menos ruim (por favor, “copy desk”, aceite o menos ruim) e com os embustes do “marketing” aquele levou a melhor. Acreditem que estou falando de forma genérica e não me refiro a qualquer candidato vivo, ou morto. Valorizo sobre modo a bem feita propaganda de produtos. Há que vender com graça e imaginação. Também julgo que estão abusando das crianças na propaganda, apesar de que vou me reportar a anúncio, onde aparece criança, coadjuvada por adulto. Certo propagandista ensinava na TV que a propaganda só é útil, se a mensagem deixa gravar o produto, que terá vantagem pecuniária com a mesma. Se o acontecido na telinha e reporto-me aos anúncios de televisão, os mais difíceis a meu ver, pois há muita porcaria, parece bem feito, lembramo-nos dele, mas esquecemos o que vende, o resultado foi pífio em matéria de propaganda. A finalidade, não se pode perder o foco, é vender a lata de goiabada, fixando a marca e não mostrar a plantação de goiaba. Meu atual anúncio predileto e que dá título à crônica, é de menina que perdeu os dentinhos da frente e está agoniada com o sorriso banguela. Aparece ao espelho olhando-se e decepcionada, esconde o rostinho, idem em representação infantil. Ri para o pai e sem abrir a boca, quando ele coloca espuma de barba no seu rostinho. E com um cartão de crédito o pai compra caixa de bastões de cor para desenhar. Dá o presente à menina. Ela abre a caixa e falta o bastão preto. Olha o pai, que está com o bastão e pintou seu dente anterior de preto, como se também tivesse perdido um. Tenho absoluta certeza que não dei na crônica a graça, a meiguice da menina, sua normal faceirice, que o propagandista captou. A menina é linda em sua inocência e natural feminilidade e aparece no anúncio vestida de menina e de acordo com sua idade, fato raro nos dias atuais, quando meninas fantasiam-se de artistas, que têm produtos na praça. Sei que a solidariedade paterna, oportuna, amorosa, foi conseguida porque tinha um cartão de crédito, com o qual pode comprar o presente para a filha. Então o anúncio encantou olhos e vendeu o produto. Valeu!


(07 de dezembro/2012)
CooJornal nº 817