A curiosidade que tinha de conhecer, “ao vivo”, os Acadêmicos e os escritores me
foi suprida com a presença às tradicionais palestras das terças-feiras
realizadas no Auditório, Sala José de Alencar. Conforme a natureza do tema, as
palestras ou mesas-redondas poderiam ser realizadas também no Centro Cultural da
ABL e no Teatro R. Magalhães Jr. Nem sempre podia comparecer, mas consegui
haurir muito conhecimento literário ou outro, transmitido pelos palestrantes. E,
num determinado momento, passei a fotografar essas palestras, conferencistas e
público. E assim, fui captando esses momentos, movimentando-me pelos corredores
do grande auditório, e desta maneira, aprisionei a maioria dos palestrantes à
minha memória em papel. Os Acadêmicos, em sua maioria, ocupavam as poltronas da
frente, principalmente as três primeiras fileiras. Reconheci e conheci todos os
que costumavam estar ali sentados. Um dos mais assíduos era o Professor Evanildo
Bechara, organizador do VOLPI = Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa,
com, então, 380.000 palavras. E desfilaram, Acadêmicos ou Convidados: Ivan
Junqueira, João de Scantimburgo, Murilo Melo Filho, Alberto Venâncio Filho,
Oscar Dias Corrêa, o próprio Evanildo Bechara, Marcos Almir Madeira, Ledo Ivo,
Tarciso Padilha, Arno Wehling, José Louzeiro, Antonio Olinto, Sergio Paulo
Rouanet, Ildásio Tavares, Adriano Espínola, Alcir Pécora, Eduardo Portella,
Domício Proença Filho (contemporâneo meu no Colégio Pedro II), Letícia Maillard,
Melânia Aguiar, Pedro Lira, Sanzio Azevedo, Antonio Carlos Secchin, Carlos
Nejar, Alberto da Costa e Silva, Arnaldo Niskier, Nélida Piñon, Sérgio Corrêa da
Costa, Cícero Sandroni, Ivo Pitanguy, Augusto Paulino Neto, Nelly Novaes Coelho,
Nelson Melo e Souza, Antonio Torres, Antonio Hohlfeldt, Godofredo de Oliveira
Neto, Ariano Suassuna, Ferreira Gullar, Bárbara Heliodora, Aderbal Freire Filho,
Sábato Magaldi, Villas Boas Corrêa, Wilson Figueiredo. Vera Tietzman, José
Sarney, Luiz Paulo Horta, Marcos Vilaça. No período 2005/2006 foram bem
incrementadas as atividades teatrais (leituras dramatizadas e encenações de
peças) no Teatro R. Magalhães Junior e as de Concertos Musicais, neste mesmo
local ou em outras dependências da Academia, como a Sala dos Poetas Românticos
ou no Centro Cultural.
Na porta da Sala José de Alencar, ficava
instalada uma mesa de recepção aos ouvintes interessados. Anexado a uma
tabuleta, impresso listado para assinaturas de presença, também sobre a mesa,
folhetos de propaganda das próximas palestras, das exposições, dos concertos, e
teatro que se desenrolariam naquele mês. Administrando tudo, a simpática e
competente D. Theresinha, que ali permanecia até o encerramento dos trabalhos na
Sala. Também era guia para os visitantes da Academia, às segundas, quartas e
sextas-feiras, de 14 às 16 horas.
Fotografando, fotografando, eu ia
colecionando as fotos. Com exceção de uma sessão, as palestras realizadas na
gestão do Presidente Embaixador Alberto da Costa e Silva deram para preencher um
pequeno álbum, que lhe ofereci no final do ano. Ele a recebeu e entregou à
funcionária responsável pelo Acervo, ali mesmo, no mesmo andar. Em outra
ocasião, autografou-me o seu Pardal na Janela (25.09.2003). Quando o
conferencista era oriundo de outro Estado, eu colhia, pessoalmente, seu endereço
e lhe remetia a fotografias da sua atuação, juntamente... com um exemplar do meu
livro de poesias “Cantos dos meus silêncios”. Alguns não respondiam e houve um
que quis saber o valor ($) do meu livro! Neste grupo posso incluir Sânzio de
Azevedo (Ceará), Alcir Pécora Campinas, SP, Adriano Espínola (Ceará), Pedro Lyra
Universidade Estadual do Norte Fluminense, Hildásio Tavares (Bahia), Deoclides
Guimarães Filho (Minas Gerais).
(continua)
Comentários podem ser enviados diretamente ao autor no email
miltonxili@hotmail.com
|