Não dá mais a gente se restringir simples e exclusivamente à colheita das
palavras na forma iniciada na coluna anterior. Elas se mesclam, agora, a uma
diarreia verbal que as estica para frases oportunas ao momento indeciso por
que navegamos. Desta maneira, exemplifico: “Pensamentos dinossáuricos;
...mostram como o Brasil é um país de moleques; é deserto de ideias e
pensamentos; ...o que importa hoje é brigar e arrumar desafetos. Amor é para
os fracos; empatia, coisa do passado...(Leo Aversa); Quem se destaca na
cizânia das redes é o lacrador, o flanelinha do ódio. Ele pega as causas
mais nobres e as estaciona nas vagas da militância raivosa e dos discursos
binários; jaca não vira cereja; Sábios dos palácios e libélulas da
plutocracia; o presidente não é presidente, é um atentado ao pudor (J.Ed
Aqualusa). Sobre o tempo de abstinência na quarentena: “Se o sexo é
indispensável, quando falta, faz falta, ele nos confere enorme prazer”
(Robert Lent, neurologista); "O que seria da música sem os silêncios que
conectam os sinos? Não seria música, seriam apenas sinos." (Dorrit Harezim). Bonito, não?
; ...incapazes de amarrar os sapatos sem ajuda; iguarias
imobiliárias; “É melhor o livro sair da estante e não mais voltar, do que
ficar sempre lá”. (Uma profissional de biblioteconomia); O “corona” nos
esfrega na cara nossa humanidade; Toda vez que o ... usa o diminutivo, algo
de ruim pode acontecer e ao mencionar a neurastemia do ectoplasma, ele pode
estar indicando uma nova forma de demagogia; extensa prática no esporte de
captura dos fragmentos lucrativos da máquina estatal; No Brasil o
liberalismo não passa de uma ideia fora do lugar (Robert Schwartz); Quando
estamos todos nus, só os rostos importam (Mary Montagu – após conhecer e
utilizar a casa de banho de um harém oriental); Se você virar jacaré, o
problema é seu! (capetão)...); Há duas maneiras de espalhar a luz: ser vela
ou o espelho que a reflete (Edith Warton); porém ele continuava lá no fundo
do palco, encenando truques vulgares à luz pálida de um holofote sem filtro
(Demétrio Magnoli); na captura perversa e uso espúrio das próprias
qualidades; a sedução, pela maldade, mentira e destrutividade - travestida
de semblante messiânico (Paulo Sternick); engendrou também simulacros
perversos de salvadores heroicos; vê seu lado patológico enrijecido e
prolífero como ervas daninhas, sufocando alternativas de sanidade;
tonitruante apologia; pornógrafo infantil; ...mas desde há muito se oferece
como montaria, e sem relinchar...
E finalmente repito esta frase
porque importantíssima para meditarmos e agirmos: “Até que ponto podemos ser
intolerantes com a intolerância?”
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miltonxili@hotmail.com
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