01/05/2020
Ano 23 - Número 1.171
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MILTON XIMENES
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Milton Ximenes Lima
FUNDO DE GAVETA
FATOS PITORESCOS DO JURI (II) |
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Indireta e originalmente esta série com o mesmo tema acima não é minha, mas
o fato de estar presente à divertida palestra, sob mesmo título, do famoso
professor e criminalista Serrano Neves, na Faculdade Nacional de Direito,
não me livra do direito de reapresentá-las aqui. Plágio, não parece;
aproxima-se mais de uma tentativa jornalística de divulgação para aqueles
que, por motivos vários, não puderam assisti-la. Esclareceu, inclusive, o
ilustre advogado, que apesar do aspecto sério dos trabalhos na busca da
melhor aplicação do Direito, lá acontecem curiosos casos, e muitas vezes
podem ser a inesperada via para abrandar a situação do réu. Os fatos que já
narrei em artigo anterior e as que se seguem ocorreram com gente
conhecidíssima nos meios forenses.
I) De Inteligência: O réu em vão
tentava se explicar diante do Juiz. Nem o magistrado, nem os advogados, nem
público, conseguia entender o significado das suas palavras, tão baixas e
confusas eram. Não tendo outra opção, o Juiz o interrompeu, assinalando-lhe
aquela particularidade: - Meu filho, ninguém aqui consegue entendê-lo. O
senhor dá tantas voltas, que a tudo complica. Ainda mais, o Senhor fala
muito baixo! E o senhor sabe que as pessoas que não conseguem se fazer
entendidas por outras, são chamadas de “idiotas”? Compreendeu o que eu
disse?
- Não...
II) De Observações: Todas as vezes que a
Promotoria mais veementemente atacava a posição do Réu, que levara ao
Tribunal grande público, uma Senhora, lá no fundo da sala, abria a boca:
- Protesto! O Réu é inocente!
Calmamente o Juiz a censurava,
observando que o público não poderia interferir no julgamento. Se fosse
testemunha, que procurasse o Advogado para entrar no processo, etc etc
Entretanto, por mais duas vezes o fato se repetiu e o Juiz,
consequentemente, censurando. Na terceira interrupção, o Juiz, como todo
mortal, tinha seus momentos de malícia e se traiu com a frase:
-
Minha Senhora, por favor... O Júri também tem suas “... regras” !
III) De desculpas: Aconteceu um brasileiro ter sido atacado por um
americano. Um terceiro homem, próximo do local, acudiu, acertando uma
garrafada na cabeça do assaltante. Pergunta do Juiz:
- Mas por que
motivo o Senhor procedeu assim?
- Eu era... eu era... o intérprete!
Comentários podem ser enviados diretamente ao autor no email
miltonxili@hotmail.com
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Milton Ximenes é cronista, contista e poeta
RJ
Email: miltonxili@hotmail.com
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Milton Ximenes Lima
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