Panfletando sua propaganda, a Escola de Música sugere: “Venha
conhecer a Escola de Música que vai te tocar!”
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Vocês não acham que as portas móveis (para frente/para trás, e
lateralmente) e as automáticas luzes instaladas nos tetos dos corredores
parecem sinais de que os homens estão sendo prestigiados ou homenageados,
que “podem passar” livremente, sem interferência de alguém?
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O político fluminense, antes de subir ao palanque, estava todo confuso
quanto ao gentílico a ser aplicado na saudação aos habitantes da cidade de
Cambuci. Seria “ciense” ou “cetano”? Saíu-se com uma terceira e salvadora
opção:
- Povo cambuciano!
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O pires quando atinge a maioridade passa a ser um prato?
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Estão lá nos jornais: “A Justiça VOLTOU ATRÁS e autorizou a taxa de
manutenção do jazigo (O Globo, 10.05.18, Segundo Caderno, pg.2). “Depois de
VOLTAR ATRÁS no pedido de demissão de cargo... (O Globo, 20.05.18, caderno
Rir, pg.28). E, ainda depois, repetido até em histórias em quadrinhos
(Bichinhos de jardim, 31.08.18, 2º caderno, pg.5)!
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“Não fique pensando se V. é um bom artista ou não. Tudo tem que estar
dentro de V., da sua alma. O simples processo faz de V. um artista, um
criador. O importante é respirar o que se faz.” (Rainer Maria Rilke, Carta a
um jovem poeta).
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Ariano Suassuna (1927-2014): sua presença aqui no Rio era rara, ele era
também conhecido por temer viagens aéreas. Então, quando surgiu a
oportunidade, me desloquei até as acomodações instaladas nos jardins do
Palácio Itamarati (Relações Exteriores), RJ, local da palestra. Todos bem
atentos às inteligentes palavras do Mestre. A tarde foi avançando, a noite
já pedia licença e, de repente, por motivos novos, a gente desejava que o
evento se encerrasse: brasileiros e incômodos mosquitos deram o ar de sua
graça e voos... sem passaportes e preliminares gestões diplomáticas...
Há pouco, o canal “face” nos revela mais uma história do carismático
escritor: a um certo jovem tatuado, cara de “hyppie”, bolsinha de couro,
óculos redondo, que lhe perguntou em uma das suas aulas:
- Ariano, você
não acha que o rock é um som universal?
Ele respondeu:
- Meu filho,
som universal só conheço três: arroto, espirro e peido!
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Ainda não conhecia este fato: o cruel ditador argentino Jorge Rafael
VIDELA, cujo regime foi responsável pela morte de 10.000 civis, proibiu a
leitura do “Pequeno Príncipe” do francês Antoine Saint Éxupery (Jean
Baptiste Marie Roger Foscolombe, Conde de Saint Éxupery, 1900/1944) nas
escolas argentinas, por considerá-lo “subversivo” para as crianças
argentinas.
Fiquei matutando: a meu ver, algum engano houve, me pareceu que ele foi mal
assessorado por gente que confundiu o “Pequeno Príncipe” com “O Príncipe”,
de Niccolò di Bernardo dei Machiavelli (1469/1527). Fiz releitura de algumas
destas suas páginas, aceitei, também, muitas ponderações do comentarista
José Nivaldo Júnior (pg.161 e seguintes da edição da Martin Claret),
constatei que “Príncipe hoje é todo aquele que detém o poder executivo em
qualquer dos escalões, quer seja no espaço público ou na área privada”; os
que se apresentavam como “soldados” e “tropas” naquele tempo, correspondem
aos nossos “militantes” da política atual ; os castelos daquela época
correspondem, hoje, aos núcleos de campanhas eleitorais. O “marketing” de
hoje já estava presente nas “guerras de informação”. E a partir de então,
guardadas as peculiaridades das épocas, os políticos vivem repetindo os
comportamentos daquele passado, ressaltando-se que cada “Príncipe” era dono
de visões, comportamentos, e ambições pessoais únicas.
Conclusão: ao
redescobrir, no livro, esses procedimentos, só nos resta sorrir, ou mesmo
até... rir (gargalhar é uma opção) com essas coincidências atuais: a gente
vai enquadrando “direitinho” os vícios, os pecados e macaquices dos
candidatos atuais em campanhas da próxima (2018) e, possivelmente,
posteriores eleições.!
E então: qual o “Príncipe” do Videla?