Como criança, a gente gostava de repetir a brincadeira. Em dias de
muitas nuvens escuras e chuvas adivinhadas, e com a chegada dos primeiros
pingos, a gente esticava o braço para fora de casa para senti-los, e repetir
afirmações ouvidas de “inocentes” adultos:
- Vou-me já, “cumpadre”, porque
já está pingando! (Ler apressadamente e apurar o som que sai).
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Ao analisar o filme “Hannah”, a educada crítica Susana
Schild destaca a “deslumbrante atuação de Charlotte Rampling”, 72 anos, e
acrescenta observação inteligente: “a atriz exibe a rara coragem de
envelhecer sem pudor...”
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Há muito não encontrava o
amigo de antigos e prazerosos momentos. Saudou-o, então, com sua habitual
pergunta-brincadeira:
- E aí, como vai este “terror” de Icaraí?
Resposta do outro em calma e baixa voz:
-Já era, cara, não sou mais o
mesmo!
Então, resolveu ajudá-lo com a justificação;
-Ah, já sei...
você já passou do prazo de validade!
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Há muito
tempo, fizemos, eu e minha mulher, uma excursão ao sul do Brasil e
conhecemos a cidade de Criciúma, Santa Catarina, conhecida, desde 1914, como
a capital do carvão (de pedra). No hotel em que fomos hospedados as janelas
dos quartos eram vedadas com grosso vidro.
Ar condicionado em
todos. Concluímos que estes cuidados visavam proteger, possivelmente, nossos
pulmões do pó do ar que envolvia a atmosfera da cidade. Na praça principal
notamos, na chegada, também a existência de muitas farmácias.
Aí, já
acomodados, chegou a fome em muita gente do grupo excursionista, e, como já
era tarde, o hotel de nada dispunha para nos atender com eficiência.
Buscamos as ruas, a gente já se contentaria com um modesto prato de sopa, ou
um robusto sanduiche. Depois de algum tempo, localizamos um restaurante.
Graças! Mas, antes, o nome do restaurante quase nos desencorajara o apetite:
“HULHA”!
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Para quem gosta ou admira a política,
Bertrand Russel adverte: “O maior problema do mundo é porque os ignorantes e
os fanáticos estão muito seguros de si mesmos, e as pessoas inteligentes
estão cheias de dúvidas”.
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Não sei se as designações são apropriadas. No decorrer da contagem do tempo de convivência dos casamentos, os metais ou pedras, preciosas ou não, são lembrados para batizar festivas datas: prata, ouro, e outras. Agora, cá entre nós, que história é esta de bodas de diamante? Di ou de amante? Cada um pense, e interprete como quiser...