MEDICINA E SAÚDE

Todos os companheiros aposentados do almoço mensal cada vez mais preocupados com aquele colega que ocupara cargos importantes na área de assistência médica da antiga CAIXA, agora, em idade avançada, magro, passos lentos, pernas finas saindo da larga bermuda. Ainda sob cuidados médicos, fiel a um cigarrinho e aperitivos...:

- Doutor F, Doutor F, se cuide, se cuide. Aliás, nem é preciso falar, você sabe bem o mal que faz um cigarro...

- Doutor, ouça seus amigos, tome uns remédios prá isso, umas vitaminas...

Então, do alto da sua tranqüila indiferença, ele sentenciou, enfim, com sua vivência profissional:

- Ora, ora, meus amigos, não se esquentem... prá quê tomar remédios? Onde já se viu tentar morrer com saúde?


O NUBENTE

O chefe era muito austero, procedimentos “germânicos” por todos os lados: horários controlados, trabalho todo certinho, e não dava margem a intimidades. Muitos se angustiavam só em pensar em ter uma entrevista com ele. Alguns tremiam. Aquele colega, então, reconhecia até não ser um funcionário à altura das exigências do homem, mas tinha que lhe fazer um pedido e tomou coragem:

- Estou precisando de um dia de licença para me casar...

O Chefe estranhou:

- Um dia só? E não vai ter lua de mel?

Respondeu-lhe:
- Não será preciso, ela já é minha companheira há muitos anos, só vamos regularizar nossa situação.

Dias após o retorno ao trabalho, tomou fôlego para nova solicitação:

-Tô precisando de mais um dia para registrar nosso filho!

Estranhou o Chefe:

-Filho?! Como, se o Senhor se casou outro dia?

Sua resposta arrancou sorrisos disfarçados dos colegas, uma carranca da chefia e quase lhe acarreta uma transferência de seção:

- O Senhor está certo, entendi sua pergunta... mas quem disse que certidão de casamento faz nascer filho?


DÚVIDA “CRUEL”

Dois colegas, reconhecidamente sovinas, disputavam o preço de pequena ave canora. Súbito, um deles observou:

- É, ele tem um canto muito bonito, mas veja só, ele tem um defeito no pezinho direito, ele manca um pouquinho...

O outro fez uma demorada pausa, encarou o comprador e disparou:

- Afinal, você quer comprar este bicho prá ouvir ele cantar, ou prá ver ele dançar?



(16 de novembro/2012)
CooJornal nº 813