Dia 16 de novembro, dia de alegria e festa, agora dia de recordações alegres e festivas.

Logo cedo ele se sentava em poltrona previamente colocada em local de destaque e, despretensiosamente, fingia ler o jornal ou estar pensando em algo, até que os filhos chegassem em algazarra, cantando, para lhe dar parabéns e abraçá-lo, cada um com seu presente escondido, pensando estarem lhe fazendo uma baita surpresa. Ele ria, divertia-se com o momento e aceitava os agrados com voz de encanto e surpresa. Ocasiões marcantes para todos nós, que trazemos vivos seus ensinamentos.

Sendo o dia anterior feriado, antecipávamos a festa, ou no apartamento em Ipanema ou no sítio em Teresópolis, onde ele mais gostava de estar, e era um burburinho desde cedo, com parentes chegando de Minas e São Paulo, trazendo não só presentes como inúmeros acepipes, doces de frutas e de leite da fazenda. Imagino com quanta antecedência minhas tias começavam a arrumar o tanto que traziam. E a festa corria da manhã à noite...

De cultura ímpar, era chamado de “Enciclopédia Ambulante”. Procurei, como procurei!, quem a ele se assemelhasse, e nunca encontrei ninguém.

Hoje sei que está comemorando com um bom Old Parr, rodeado dos outros queridos que lá estão. Tim-tim! Que Deus o acompanhe sempre!