02/02/2008
Ano 11 - Número 566
ENÉAS ATHANÁZIO
ARQUIVO
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Enéas Athanázio
TERESINEI
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Em
meados de novembro chegou a comunicação oficial de que a Assembléia
Legislativa do Estado do Piauí havia me concedido o título de Cidadão
Piauiense Honorário, aprovando por unanimidade o projeto de autoria do
Deputado Homero Castelo Branco. Foi designado o dia 5 de dezembro para a
solenidade de entrega, em sessão especial do Legislativo, em Teresina.
Minha mulher e eu tratamos de acertar as coisas e afivelar as malas para a
longa jornada. Partindo de Navegantes, voamos durante cinco horas, com as
cansativas conexões em São Paulo e Brasília. Os atrasos foram curtos, nada
de anormal, embora os aeroportos estivessem abarrotados de tanta gente.
Na Capital piauiense, sentindo desde a chegada o calor intenso, fomos
levados ao moderno “Metropolitan Hotel”, onde ficamos muito bem
instalados. No dia seguinte, 4 de dezembro, iniciamos cedo as andanças.
Guiados pelo incansável escritor Manoel Paulo Nunes, presidente do
Conselho Estadual de Cultura, conhecemos a Casa da Cultura, o Teatro 4 de
Setembro e o Clube dos Diários, centros de constantes atividades
culturais. Visitamos em seguida o parque ecológico do encontro das águas,
nos arrabaldes, onde se encontram os rios Parnaíba e Poti. Local bonito e
bem cuidado, tem um bar flutuante muito agradável e o monumento alusivo ao
Crispim, o Cabeça de Cuia, figura mítica condenada a viver sob as águas
como pena pelo hediondo crime que cometeu. Toda a tarde foi consumida em
andanças, ora com este, ora com aquele escritor, e visitamos todos os
locais de interesse cultural ou artístico. A cidade melhorou de forma
visível desde nossa última visita.
Na terça-feira, dia 5, conhecemos as instalações do Conselho Estadual de
Cultura e do Arquivo Público, ambos bem instalados. Depois rumamos para a
Assembléia onde teve início, pelas 11h, a sessão especial para entrega do
título. O Deputado Castelo Branco fez belo discurso, revelando que conhece
bastante do meu trabalho e abordando aspectos importantes, inclusive
opiniões de vários críticos. Respondi de improviso, quebrando o protocolo,
e tentando expressar minha antiga simpatia pelo Piauí e a posterior
ligação com o Estado. Creio que me saí bem. Foi servido um coquetel no
salão nobre, ocasião em que encontrei amigos e conhecidos, fiz contato com
numerosas pessoas, dei entrevistas à TV Cidade Verde, a uma emissora de
rádio e ao Serviço de Comunicação da própria Assembléia. Trocamos
endereços e tiramos fotos. Escritores, jornalistas, professores e amigos
nos ofereceram um almoço no restaurante de nosso hotel. Todos os jornais
da Capital noticiaram o evento.
No dia seguinte, acompanhados pelo escritor Herculano Moraes e pelo poeta
Neto Sambaíba, figura folclórica célebre na região, visitamos a cidade
histórica de Amarante, terra de grandes vultos das letras do Estado.
Recebidos na Câmara Municipal, fiz, a pedido, sumária palestra sobre
Monteiro Lobato. Depois, com grande acompanhamento, rumamos para a cidade
e o interior do município.
Na quinta-feira, muito cedo, partimos para São Luís, encerrando as
atividades no Piauí, carregados de presentes, livros e lembranças. E
trazendo o diploma que me transformou em piauiense adotivo.
(02 de fevereiro/2008)
CooJornal no 566
Enéas Athanázio,
jurista e escritor
e.atha@terra.com.br
Balneário Camboriú - SC
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