01/04/2025
Ano 28
Semana 1.250







Curas milagrosas



Dr. Pedro Franco

Volto ao assunto e por certo voltarei de novo. É o que me resta!

E remédios não aprovados pela ANVISA são vendidos impunemente e até para incautos, que interrompem um tratamento, que daria determinado resultado. Há que aceitar que o “marketing” destes produtos falsos é feito com esmero e o enredo, se não é igual, em linhas gerais é o mesmo. Fazem parte da trama ator de escol, dito parente de ser muito querido e pode variar de doente, mãe ao pai, ou a mulher amada. O querido parente tem enfermidade crônica, debilitante e ainda sem total cura. A Medicina melhora o paciente, mas seus medicamentos infelizmente, ainda que melhorem os enfermos, não chegam à cura. Então a Indústria Farmacêutica produz algo, que se não cura, melhora males. Exemplos entre vários: Doença de Alzheimer, ou cegueira, ou doença de fato penosa. Vamos aos “script” do remédio “milagroso”. Parente querido tem a doença, que apresenta remédios de valor, ainda que não curem. E vem em tratamento. E eis que pela internet aparece droga “milagrosa”. O parente afetuoso leu que na universidade Tal e vem título, de preferência em inglês, um pesquisador descobriu que tal conjunto de medicamentos, com título, drogas, vendido pela internet, leva à cura. Mostram resultados, estatísticas e avisam que a Indústria Farmacêutica, para vender seus produtos e ter lucro, não aceita o remédio poderoso e inovador, que merece ser comprado e tomado. Avisam que comprem logo, que a venda é importante e há poucos produtos no estoque. Estou sumarizando e vale dizer que se os conceitos médicos são falsos, os atores merecem prêmios, pois as performances” são de primeira. E que tem a Medicina com o embuste? Vê doentes, que estavam sendo assistidos, se não curados, melhoravam e pararam tratamentos válidos, para cair em embustes, ainda que bem apresentados e com tecnologia de venda primorosa, com premissas falsas e de aparente peso. Atacam a ganância da Indústria Farmacêutica, oh absurdo! Que fazer? Por que não se faz, isto é, não se proíbe e prende, quem tenta enganar enfermos e famílias, que padecem com doenças graves? Escrever alerta, só que não resolve. Que fazer?

Pedro Franco é médico cardiologista
RJ







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