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Conversar sim, discutir não?

Dr. Pedro Franco
E no “Conversa com o Paciente” tenho aconselhado que no amor, ou na
amizade, ocorram conversas. E sobre todos os aspectos da relação e não deixo
exceções. Sobre tudo se deve conversar, condiciona falar e ouvir e até ouvir e
falar. Para a felicidade, se os sentimentos são honestos e todos sentimentos
merecem ser honestos, há que conhecer o parceiro, o amigo e em princípio sou
contra os (a) entre aspas depois de, por exemplo, amigo. O Português permite que
falando em amigo, amiga fique subtendido e o texto permitirá incursões, ou não.
A última flor do Lácio é rica, ainda que o politicamente ande querendo bagunçar
o coreto. Ele, o politicamente, é censura e as vezes tola, tolíssima e até anti
risos. Volto à necessidade, obrigação, que parceiros conversem. Discutir só em
último caso e se for assunto grave. Constato no consultório como discussões e
até politicas podem operar separações, doenças e infortúnios. Se podem! E mesmo
assim sem os percalços das discussões, constato que bem viver é difícil. E vou a
MPB para me dar subsídios. E como a música popular brasileira já nos deu bases,
para pensar e tentar até nos educar. Fecho nossa conversa e com letra de poeta,
autor consagrado. Ótimo poeta.
Discussão – Tom Jobim
Se você
pretende sustentar a opinião/ E discutir por discutir só pra ganhar a discussão/
Eu lhe asseguro, pode crer,/ Que quando fala o coração/ Às vezes é melhor perder
do que ganhar, você vai/ ver/ Já percebi a confusão, Você quer ver prevalecer/ A
opinião sobre a razão, Não pode ser, não/ pode/ ser Pra que trocar o sim por
não, Se o resultado é solidão/ Em vez de amor, uma saudade, vai dizer quem tem
razão.
Tom falou, t´a falado.
Pedro Franco é médico cardiologista
RJ pdaf35@gmail.com
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Direção e Editoria
Irene Serra
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