|
Urgências, encaixes etc

Dr. Pedro Franco
O Dr. não
faz encaixes? Não. Quando se faz encaixe, prejudica-se 3 pacientes. Os dois
que estão marcados, e o terceiro que, sem horário, ficou entre os dois. Se
percebo que o atendimento não pode esperar outro dia de marcação de
consulta, conforme o horário da solicitação, atendo no início, ou no fim do
expediente. E o Dr. é rígido em horários? Sou e principalmente nos meus.
Chego diariamente muito antes do primeiro paciente e quem esperar mais de
dez minutos, em função do horário previamente marcado, esteve em dia
excepcional. E de atraso, quanto aceita dos pacientes? No máximo 10 minutos,
até porque doutrino os pacientes, não gostou de doutrinar, aconselho-os a
chegar 15 minutos antes do horário marcado, para evitar os atropelos ao
menos em relação à pressão arterial e à frequência cardíaca. O Rio de
Janeiro é cidade de trânsito complicado, sei, por este motivo recomendo que
os pacientes cheguem bem mais cedo. A sala de espera é calma e cadeiras
confortáveis não faltam. E com mais de 50 anos de clínica cardiológica
aquilato que a maioria das urgências, atendidas em consultório, deveriam ter
sido iniciadas em serviço de urgência. E não no consultório. Vamos a
exemplo. Dor no peito, consultório, é enfarto do miocárdio. O máximo que se
consegue em consultório é chegar ao diagnóstico e se perdeu, isto é, o
paciente perdeu precioso tempo de tratamento, que não perderia, se fosse
atendido logo em serviço de urgência. Mostrei um exemplo e cardiológico,
lembrando que muitos sintomas, que o paciente julga cardiológicos, podem não
estar vinculados ao coração e outros e outros exames são absolutamente
necessários e os serviços de urgências os têm. Com a evolução da Medicina,
se o médico continua sendo o timoneiro, comandante, não pode prescindir de
exames e até de outros especialistas. A correta ciência médica requer
exames, ainda que a Medicina, ainda bem, continua sendo também arte, das
mais difíceis de exercer e ainda mais com tanta modernidade. Que não se
jogue a experiência fora, porque há lugar para o novo. Ainda que bem que a
experiência médica não deve ser confundida com coisa velha, ultrapassada. Em
Medicina sempre há o que estudar e sempre em benefício do paciente. Se
houver experiência, o médico competente e experiente pode separar o joio do
trigo. E ainda bem. E atender no horário marcado.
Pedro Franco é médico cardiologista
RJ pdaf35@gmail.com
__________________________
Direção e Editoria
Irene Serra
|