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Classificações Funcionais

Dr. Pedro Franco
Acredito que as
duas classificações apresentadas, e há até modificações em curso, definem bem
as normas que regem este tipo de avaliação. E já na primeira consulta o
médico pode ter ideia da gravidade do estado do paciente, enquadrando-o em
algumas das classificações listadas.
New York Heart Association I
– Nenhuma limitação. A atividade física comum não causa fadiga, dispneia, ou
palpitação. Obs. Boneco correndo, para ter sintomas. II – Discreta
limitação da atividade física. Tais pacientes sentem-se confortáveis em
repouso. A atividade física normal resulta em fadiga, palpitações, dispneia,
ou angina. Obs. Boneco subindo escada, para ter sintomas. III –
Limitação importante da atividade física. Ainda que os pacientes sintam-se
confortáveis em repouso, podem surgir sintomas, mesmo com atividades mais
leves que as habituais. Obs. Boneco sentado, podendo ter sintomas. IV
– Impossibilidade de desempenhar qualquer atividade física sem desconforto.
Os sintomas de IC estão presentes mesmo em repouso e o desconforto é ainda
maior com qualquer atividade física. Obs. Boneco deitado, tendo
sintomas.
Associação Canadense de Cardiologia I – Atividade física
ordinária, como andar e subir escadas, não causa angina. Angina com
extenuante, rápido, ou prolongado exercício, no trabalho ou recreação.
II – Discreta limitação à atividade ordinária. Andando, ou subindo escadas,
rapidamente; subindo escadas, ou ladeiras, após alimentar-se, no frio,
vento, ou sob “stress” emocional, ou durante poucas horas após despertar.
Andar mais de dois quarteirões, no plano e subir mais de um andar em passo
normal e em condições normais. III – Limitação marcada da atividade
física ordinária. Andando um ou dois quarteirões no plano e subindo mais que
um andar em condições normais. IV – Impossibilidade para fazer qualquer
atividade física sem desconforto. A síndrome angina pode estar presente em
repouso.
Vale assinalar que conforme a enfermidade e as medidas
médicas escolhidas, podemos encontrar pacientes que iniciam o tratamento no
grupo IV da NYHA e temos a alegria de vermos que vive agora no Grupo I, após
ter seguido um tratamento de forma criteriosa. A classificação da
Associação Canadense de Cardiologia fica restrita apenas a angina de peito,
sendo que a da NYHA abrange outros sintomas.
Pedro Franco é médico cardiologista
RJ pdaf35@gmail.com
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Direção e Editoria
Irene Serra
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