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A alimentação pode preservar a memória
André Veinert
Uma alimentação saudável significa manter o corpo e a mente em
forma. Alguns alimentos podem dar uma ajudinha ao cérebro, evitando aquelas
famosas situações: “Onde será que deixei a chave do carro?” ou “De onde será que
eu conheço aquela mulher?”
Se você vem enfrentando esses lapsos de memória com
frequência, talvez esteja na hora de mudar seus hábitos, principalmente os que
estão relacionados ao cardápio. Trocar os fast foods por peixes de águas frias e
a carne pelo frango são estratégias que podem melhorar o funcionamento da sua
memória.
O aumento do consumo de alguns alimentos é importante para a
formação e funcionamento do sistema nervoso. Além disso, seguir com um estilo de
vida que inclua mudanças na alimentação e exercícios físicos facilita a captação
dos neurotransmissores essenciais para preservar a memória.
Estudos
realizados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), comprovam que a
alimentação saudável contribui tanto para preservar a memória como também na
recuperação das funções motoras em portadores da doença de Parkinson, que afeta
o sistema nervoso central e é caracterizada por tremores e rigidez muscular.
Houve casos de 90% de melhora.
Com o avanço das pesquisas, a lista de
compras no supermercado não vai mais se limitar aos peixes, que são famosos por
serem ricos em ômega 3 e também por fornecer ácidos graxos que protegem os
neurônios contra os radicais livres, notórios destruidores de células. Carnes,
aves, oleaginosas, grãos integrais, leguminosas, leite e derivados também podem
fazer parte da lista de alimentos que garantem o bom funcionamento do cérebro.
Dê vitaminas ao seu cérebro!
Elas também têm um papel muito importante
para o cérebro. As vitaminas são essenciais para o organismo e também para o
funcionamento do cérebro. A vitamina do complexo B, por exemplo, protege os
tecidos nervosos contra a oxidação; a vitamina D auxilia na regeneração dos
neurônios e regula a fixação do cálcio em receptores importantes para a memória;
e as vitaminas C e E são antioxidantes que combatem e neutralizam os radicais
livres.
Para evitar os esquecimentos, procure alimentar a sua memória com
os alimentos certos, veja quais são eles:
Ovos: A gema do ovo é uma das
principais fontes de colina, que ajuda a reparar as células cerebrais e ainda se
constitui de acetilcolina, neurotransmissor responsável pelo aprendizado e
memória. Uma gema tem cerca de 130 mg de colina. Salmão, soja, fígado, germe de
trigo e feijão também apresentam colina, porém, em concentrações menores.

Peixes: Salmão, sardinha, anchova, atum, arenque e cavala, fornecem
ácidos graxos, do tipo ômega 3, que são benéficos ao cérebro e à memória por
conter uma ação anti-inflamatória.
 Arroz:
O arroz é responsável por
regular a glutationa, um dos protetores celulares contra a ação dos radicais
livres. Além disso, também contém magnésio e outros receptores que existem no
hipocampo, onde se dá a formação da memória.

Leguminosas: Possuem
vitamina B6, considerada importante para a formação de neurotransmissores
(mensageiros do cérebro).
 Frutas vermelhas: Ricas em
antioxidantes, como bioflavonoides, carotenoides, vitamina E e selênio. As
frutas também têm a sua parcela de responsabilidade em relação ao cérebro. O seu
consumo ajuda a evitar lesões e doenças neurológicas. Procure consumir acerola,
morango, amora, pitanga e também outros tipos de frutas como laranja, limão,
manga e maçã.

Oleaginosas: Castanhas, nozes, amêndoas, avelãs,
amendoim são ricas em vitamina E e selênio, também fontes de antioxidantes.
Essas oleaginosas contém vitamina B3, B2 e B1, que regulam a glutationa e ainda
participam da manutenção de substâncias químicas nervosas e hormônios que
protegem a memória.

Carnes e aves: As carnes magras e os frangos, por
exemplo, são ricos em vitamina B3 (niacina) e podem ser consumidos durante as
refeições. Mas carne vermelha deve ter um consumo moderado.

Leite e
derivados: Ricos em vitamina B12 e ácido fólico, que participam de forma
conjunta da síntese do DNA. O seu consumo diário pode ser muito benéfico para a
formação da memória.
O que evitar?
Gorduras saturadas, açúcar
e o consumo de álcool são grandes vilões quando se trata do cérebro. A gordura
saturada em excesso acelera a perda de memória devido ao seu processo
inflamatório que afeta o funcionamento das células nervosas. Em relação ao
açúcar, ele pode aumentar a produção de insulina rapidamente no organismo,
promovendo reações químicas que podem danificar as células cerebrais.
Se
você seguir uma alimentação balanceada é possível manter a memória em boas
condições em longo prazo. Portanto cuide da sua alimentação para que o seu
cérebro não seja prejudicado e evite que os lapsos de memória voltem a
atormentar a sua rotina.
(RT, 10/2013)
Dr. André Veinert é nutrólogo
Tire suas dúvidas sobre nutrição! Diga-nos o que gostaria de saber!
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Direção e Editoria
Irene Serra
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