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Anemia, o que devo fazer?

Andréa Abdala Frank
A anemia é definida como a redução
do número de células vermelhas no sangue ou na sua capacidade de transportar
oxigênio pela hemoglobina para atender às necessidades do corpo. Normalmente são
multifatoriais, apresentando diversas causas.
Entre as consequências da
morbidade associada à anemia crônica, incluem-se a perda de produtividade,
dificuldades cognitivas, maior suscetibilidade a infecções, parto prematuro,
baixo peso ao nascer e mortalidade infantil e materna. Recentes pesquisas
verificaram níveis mais graves de anemia entre mulheres, idosos, indivíduos de
baixa escolaridade, cor de pele preta e residentes das regiões Norte e Nordeste.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da anemia, encontram-se
aspectos nutricionais, como deficiências de vitaminas e minerais, e os não
nutricionais, como as hemoglobinopatias, perdas sanguíneas agudas e crônicas,
malária, infecções, doenças renais crônicas e condições gastrointestinais e
ginecológicas. Entretanto, é o baixo consumo de alimentos ricos nestes
nutrientes a principal causa de anemia no mundo.
Por se tratar de um
distúrbio multifatorial importante é aconselhável que a pessoa acometida deste
distúrbio tenha o acompanhamento médico e do nutricionista para estabilização do
quadro. Comumente os alimentos ricos em ferro e o consumo de alimentos com
alto teor de vitamina C ingeridos no planejamento das principais refeições do
dia (almoço e jantar, principalmente) auxiliam na recuperação deste sintoma
clínico.
Vejamos alguns alimentos e práticas dietéticas adequadas:
Carnes em geral, mais
especialmente as vermelhas (preferencialmente as carnes magras, acrescidas às
sopas, em cozidos e ensopadas)
Rins, fígado, coração de
galinha (com orientação do nutricionista e conforme taxas sanguíneas, como LDL e
colesterol).
Pão de
cevada, aveia, farinha de centeio integral, feijão, lentilha, soja, gergelim,
linhaça.
Beterraba
(cozida, nas saladas ou acrescida no feijão, para consumo diário)
Vegetais escuros como
espinafre, agrião, couve e rúcula (excelentes nas saladas, sopas e nos sucos,
misturados com frutas)
Açúcar mascavo - adicionado nos sucos (se não houver contra-indicação)
Frutas com alto teor de
vitamina C (ácido ascórbico): laranja, limão, kiwi, goiaba, tangerina, acerola,
abacaxi ou morango (frutas cítricas em geral).
Lembre-se: O
nutricionista é o profissional habilitado para educar a população a assumir
hábitos alimentares mais saudáveis, a fim de prevenir o surgimento de doenças
crônicas decorrentes da má alimentação.
Andréa Abdala Frank Nutricionista - CRN4 87100055
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Direção e Editoria
Irene Serra
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