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É também possível prevenir pela alimentção

Andréa Abdala Frank
No mês de junho, o Instituto Nacional de Câncer (INCA)
iniciou a campanha “Câncer, dá para prevenir?” Esta campanha visa informar
profissionais de saúde e a população em geral sobre a relação entre excesso de
peso, inatividade física, consumo de álcool e a má alimentação com o câncer.
Segundo o INCA, ao menos 30% de todos os casos da doença podem ser evitados com
a prática de hábitos saudáveis. Pesquisas atestam que a dieta é a principal
fonte de exposição humana para os carcinógenos/mutágenos e
anticarcinógenos/antimutágenos ambientais, sendo que alguns tipos de câncer
associados à alimentação, assim como algumas intervenções dietéticas, podem
reduzir os biomarcadores ou a incidência das neoplasias.
Ao observar o
consumo alimentar, frutas, vegetais e legumes (hortaliças em geral), alguns
pesquisadores observaram uma frequência irregular no cardápio base de pessoas
com diagnóstico confirmado de câncer colorretal, em fase pós-operatória, de um
mês a dois anos de intervenção cirúrgica, idade superior a 20 anos. Ainda
não está elucidado qual é o determinante anticarcinogênico das frutas e
vegetais, uma vez que são fontes de vitaminas, sais minerais, fibras,
fitoquímicos e outros componentes protetores. Além de serem fontes de fibras,
esses alimentos possuem a capacidade de retardar o tempo de trânsito intestinal,
facilitar a remoção dos carcinógenos, cocarcinógenos e promotores tumorais e
diminuir o tempo de contato desses agentes presentes na massa fecal com a mucosa
intestinal. O peixe é fonte de ácidos graxos ômega-3 (ω-3), substância
anti-inflamatória capaz de diminuir a produção de eicosanóides pró-inflamatórios
(ácidos graxos ômega6, ω-6) que podem desempenhar um papel no desenvolvimento do
câncer colorretal.
Previne o câncer:
- Evitar bebidas alcoólicas
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Evitar carnes processadas, como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame,
mortadela, peito de peru e blanquet de peru, preferindo alimentos frescos.
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Manter o peso corporal e praticar exercícios físicos
É necessário
desenvolver políticas públicas para conscientizar a população sobre os fatores
de risco associados ao desenvolvimento do câncer colorretal, tornando-se
imprescindível a atuação do nutricionista e dos técnicos em nutrição e dietética
nos serviços de saúde.
Para mais informações, acesse:
http://www.inca.gov.br/
Andréa Abdala Frank Nutricionista - CRN4 87100055
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Direção e Editoria
Irene Serra
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